Quando
a demanda por água de habitantes e a capacidade de distribuição de água
existente em uma determinada área/região, já podemos caracterizar um stress
hídrico. Situação essa que abrange não só a população, mas também, todo o
ecossistema local. Aqui abordaremos esta situação com foco na cidade de São
Luís – MA, cujo reservatório do Batatã não alcança seu nível máximo de reserva
desde 8(oito) anos atrás.
O
reservatório Batatã, localiza-se ao noroeste da cidade se São Luís, capital do
estado do Maranhão, no Parque Estadual do Bacanga (PEC) e seu principal sistema
de manutenção é a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão(CAEMA). O
reservatório, em conjunto com poços artesianos e alguns rios, é responsável
pelo abastecimento do sistema Sacavém, que por sua vez abastece a maior parte
dos bairros localizados no centro da cidade. Estima-se que abasteça cerca de
100 mil pessoas. O problema aqui nasce a partir da ocupação de áreas
inapropriadas, o baixo nível pluviométrico, condições climáticas, entre outros.
Problemas este, que reflete na má distribuição da água pela capital.
Desde
2008 o reservatório não atinge sua reserva máxima, e o nível vem caindo
gradativamente a cada ano. Em abril de 2014, foi registrado o nível mais
crítico, com menos de 5%. O reservatório tem capacidade de reservar até 12
metros, na ocasião, alcançava-se apenas 3,86 metros. Medidas vêm sendo tomadas
desde 2012, onde o governo prometeu a escavação de 60 poços para ajudar no
suprimento de água, com um investimento de 60 milhões no projeto, no entanto,
em 2014 foram registrados a construção apenas 11 desses poços.
O
Batatã foi construído estrategicamente em uma área de planície, facilitando
assim o escoamento das águas pluviais para o reservatório, porém, o baixo nível
pluviométrico na capital maranhense, contribui para o baixo nível de água no
reservatório, pois as chuvas, além de não estarem sendo suficientes, estão
atrasadas. Foram registrados poucos casos em que, no período, chuvoso o
reservatório alcançava 40% de sua total capacidade.
Concluímos
também que, ocupação de áreas circunvizinhas, a destruição da mata ciliar e a
crescente demanda por água na capital, também contribuem para a seca do reservatório
ludovicense, causando até mesmo o rodízio de abastecimento nos bairros da
capital. A situação critica, só aumenta a preocupação da capital com os fatores
sociais e naturais da região, porém com a estação chuvosa de 2016, esperam-se
altas no nível de água do reservatório que virá a proporcionar melhor qualidade
de vida para o povo da capital nordestina.
Texto
elaborado pelos alunos do 2º ano “A” do colégio CEFRAN, em razão do projeto
para conscientização popular do stress hídrico na capital maranhense.
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