quarta-feira, 20 de abril de 2016

STRESS HÍDRICO – RESERVATÓRIO DO BATATÃ

Quando a demanda por água de habitantes e a capacidade de distribuição de água existente em uma determinada área/região, já podemos caracterizar um stress hídrico. Situação essa que abrange não só a população, mas também, todo o ecossistema local. Aqui abordaremos esta situação com foco na cidade de São Luís – MA, cujo reservatório do Batatã não alcança seu nível máximo de reserva desde 8(oito) anos atrás.
O reservatório Batatã, localiza-se ao noroeste da cidade se São Luís, capital do estado do Maranhão, no Parque Estadual do Bacanga (PEC) e seu principal sistema de manutenção é a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão(CAEMA). O reservatório, em conjunto com poços artesianos e alguns rios, é responsável pelo abastecimento do sistema Sacavém, que por sua vez abastece a maior parte dos bairros localizados no centro da cidade. Estima-se que abasteça cerca de 100 mil pessoas. O problema aqui nasce a partir da ocupação de áreas inapropriadas, o baixo nível pluviométrico, condições climáticas, entre outros. Problemas este, que reflete na má distribuição da água pela capital.
Desde 2008 o reservatório não atinge sua reserva máxima, e o nível vem caindo gradativamente a cada ano. Em abril de 2014, foi registrado o nível mais crítico, com menos de 5%. O reservatório tem capacidade de reservar até 12 metros, na ocasião, alcançava-se apenas 3,86 metros. Medidas vêm sendo tomadas desde 2012, onde o governo prometeu a escavação de 60 poços para ajudar no suprimento de água, com um investimento de 60 milhões no projeto, no entanto, em 2014 foram registrados a construção apenas 11 desses poços.
O Batatã foi construído estrategicamente em uma área de planície, facilitando assim o escoamento das águas pluviais para o reservatório, porém, o baixo nível pluviométrico na capital maranhense, contribui para o baixo nível de água no reservatório, pois as chuvas, além de não estarem sendo suficientes, estão atrasadas. Foram registrados poucos casos em que, no período, chuvoso o reservatório alcançava 40% de sua total capacidade.
Concluímos também que, ocupação de áreas circunvizinhas, a destruição da mata ciliar e a crescente demanda por água na capital, também contribuem para a seca do reservatório ludovicense, causando até mesmo o rodízio de abastecimento nos bairros da capital. A situação critica, só aumenta a preocupação da capital com os fatores sociais e naturais da região, porém com a estação chuvosa de 2016, esperam-se altas no nível de água do reservatório que virá a proporcionar melhor qualidade de vida para o povo da capital nordestina.     


Texto elaborado pelos alunos do 2º ano “A” do colégio CEFRAN, em razão do projeto para conscientização popular do stress hídrico na capital maranhense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário